3 de setembro de 2012

Resenha Tricolor #01

Felizmente hoje viemos apresentar a vocês uma nova parceria do Mural da Bola com o cronista Alvaro Palhano. Um tricolor, que já honra a história do Fluminense há anos, resolveu compartilhar conosco seus textos, narrando a trajetória do Time de Guerreiros nesta temporada. 

Obrigado, Alvaro. E seja bem vindo ao Mural, e vamos ao texto!
Admin. SRN


"Turno e Returno"

É um segundo campeonato, o que chamamos de returno. Passou o primeiro turno e chegamos em segundo lugar. Por força da relação, chegaremos em primeiro lugar no segundo. Amigos me falam que sou métrico demais, que o mundo não é uma estética grega. E eu respondo: que se dane o mundo e suas teses. O FLUMINENSE é a antítese. A tese do mundo não corresponde à tese tricolor, pois temos a tese do Universo Celestial Grego, que difere da tese humana dos mortais.

Toda tese tem sua antítese e o FLUMINENSE encarna a segunda, pois normalmente as teses são conceituadas em fatos, em conceitos lógicos que os que me conhecem sabem como penso: se os fatos não quiserem seguir a lógica do Olimpo, que é a lógica que influencia e protege o FLUMINENSE, “pior para os fatos” (sigo a risca a máxima DO MAIS TRICOLOR DE TODOS: o centenário e sempre vivo Mestre Nelson Rodrigues). Só que dessa vez, meus amigos, até os fatos se rendem: somos os mais capazes para ganhar o campeonato. Fato esse que se contempla em cada jogo, em cada vitória e até em cada inoportuna derrota, posto que esta nos ensina que a soberba não veste nosso uniforme. Quando perdemos, ensinamos aos outros clubes que até os maiores tem percalços, mas só o melhor os superam.

Vimos no jogo contra o mosqueteiro paulista que desembainhar um florete não é para qualquer um. O Corinthians se portou como um acuado esgrimista, fugindo ao combate, esperando um golpe de sorte – que veio! – para acertar o oponente, que era o Guerreiro Tricolor. Mas sabem os lutadores que não se fere um adversário forte: ou esquiva-se totalmente da luta, como vinha fazendo, ou arrisca-se um golpe mortal. Mas jamais, jamais se fere um Guerreiro.

O gol de Sheik Emerson foi uma ferida, apenas. E mordeu a fibra tricolor.

Não ganhamos o jogo por conta de um breve detalhe, mas mostrou-se no estádio que o FLUMINENSE tem não um time, mas uma Tropa de Guerreiros que não sucumbirá a ninguém na trilha para a conquista do campeonato.

Jogamos bem. Buscamos a vitória todo o tempo e é isso que espera do seu time o torcedor. Ela, a vitória, vem de várias formas, mas melhor é a vitória que soma maior número de pontos, sem dúvida. E tivemos uma prova no jogo de sábado contra o Figueirense. Tivemos uma vitória (acabar não perdendo por um erro estratégico).  

Jogamos melhor mais uma vez. Mas desta vez nós nos penalizamos. Desde o início buscamos o gol; mandávamos no jogo. Cercamos o adversário usando força reserva, confirmando que só nós temos verdadeira Tropa a nos servir. Fizemos os gols que precisávamos e aí, sem regra nem explicação, recuamos a Tropa deixando o campo conquistado à mercê do mesmo. Alguns estão reclamando que Comandante Abel trocou errado, tirando nosso ‘pibe’ esperança Wellington Nem e colocando Diguinho, reduzindo a força ofensiva da Tropa. Mas eu o inocento. Fez com a melhor das intenções, debruçado no que restava ao adversário fazer: partir para o ataque. Pensou em guarnecer flancos, mas perdemos o que mantinha medo ao adversário. Este cresceu e teve a sorte a ajudar: dois gols, o empate e a penalização!

Nos dois primeiros jogos do returno, empatamos. Pontos preciosos que podem fazer falta, pois a vitória esteve nas mãos.

Não perco a confiança nos Guerreiros Tricolores mesmo com desfalques que durarão algumas boas rodadas, pois como afirmo, temos uma Tropa e não apenas um time.

Preparava-me para assistir ao jogo de interesse da rodada (Corinthians X Atlético-MG) quando meu amigo Jesus me ligou: 

“Meu caro amigo Mario Figueiredo Jesus. Como vai?” perguntei.  
“Preocupado, Palhaninho. Estamos deixando muitos pontos serem perdidos e isso não é bom, não é bom.”
“O returno apenas começa, meu caro Jesus. Não façamos como os mortais, que se afobam em conclusões precipitadas.”

Ao fechar dessa resenha a grande notícia: o mosqueteiro paulista cortou as asas do galo mineiro. Ligo para Jesus e digo: 

“Viu, meu amigo? Quem começa o returno não perdendo é o verdadeiro vencedor!”



Texto escrito por Alvaro Palhano, Rio de Janeiro.










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