24 de agosto de 2012

PH Gan$o - Craque ou Mercenário?



A novela envolvendo Paulo Henrique Ganso tem sido uns dos principais assuntos no futebol brasileiro. Depois de muito vai e vem, renova e não renova, vende e não vende, parece que dessa vez o Ganso irá mesmo se despedir do Santos e fazer sua tão sonhada “ponte” em um clube brasileiro. Porém o clube do litoral não admite vender os seus 45% dos direitos econômicos que detém de Ganso por menos de R$ 24 milhões de reais, o que dificulta a conclusão da transação, que de acordo com alguns jornais, já tem até salario definido.

Não vim aqui falar sobre valores e nem sobre para onde Ganso está indo, e sim, sobre o sumiço de seu futebol e sua cisma em querer ser equiparado com Neymar dentro do Santos.

Com 22 anos, Ganso tinha tudo pra ser umas das grandes promessas do futebol brasileiro e, no começo de sua carreira, chegaram a cogitar que seria mais importante dentro do santos que Neymar(o que já foi totalmente descartado) e faria enorme sucesso no Brasil e na Europa. Nesse tempo de explosão de seu futebol e das conquistas importantes que teve pelo Santos, surgiram dois problemas para a continuidade de Ganso: Sua contusão e o impacto que Neymar causou no povo brasileiro e nas receitas do clube.


O que o santos fatura com o Neymar hoje em dia da pra pagar seu salário milionário e ainda tirar uma boa receita. Com o bom futebol do Neymar, veio o assédio em cima do garoto, e o Santos se viu numa situação delicada, tendo que investir pesado para manter a promessa dentro do clube fazendo um plano de carreira para o craque santista. Pois bem, nada de anormal até agora, Ganso machucado, contrato com Neymar renovado e títulos que não param. Mas foi justamente ai que começou o problema!

Ganso diz que não, mas é uma clara evidência que o mesmo sente ciúmes de como o melhor amigo é tratado dentro do clube. Ganso não ganhou um plano de carreira à altura de Neymar, mas foi oferecido um muito bom, mas, no entanto não era o mesmo que o de Neymar e não agradou Ganso.

Foi ai que foi sumindo o futebol do meia. Jogador que havia estourado meses atrás e se lesionado seriamente, não voltou o mesmo. Uns dizem que o jogador já está bixado, outros dizem que é a mais clara má vontade de jogar pelo Santos recebendo “apenas” R$ 130 mil por mês (tadinho dele ne??), valor longe de ser o que Neymar ganha hoje em dia. Na seleção brasileira também não rendeu o mesmo futebol que o levou para vestir a camisa 10 da seleção. Cogitado para ser o grande camisa 10 na copa, hoje em dia sequer é titular da seleção e parece
estar longe de estar agradando o técnico Mano Menezes.


Com essa possível transferência para o São Paulo, é bem provável que o meia fique pouco tempo por lá, já que seu sonho maior é partir para a Europa, local onde o Santos por diversas vezes o impediu de jogar, permitindo somente que fosse embora se pagassem sua multa rescisória(e ele ainda acha que o Santos não o valoriza como deveria).

Gosto muito mesmo do Ganso e de seu futebol, gostaria muito que ele vestisse a 10 do meu time, mas está na hora de ele provar que não esta bixado e voltar a jogar bola né? Um jogador do nível dele não tem que prestar este papel. Fica difícil confiar num jogador que toma essas atitudes com diretoria e torcida. Que seus passes magníficos e golaços voltem a aparecer no futebol e que retorne a camisa 10 da seleção, porque se jogar  o que jogava antes, merece isso e muito mais!


 


Texto escrito por Admin. João Augusto ST


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21 de agosto de 2012

Um avô Doce Gigante; João Areosa


Antes do próximo texto, achei relevante colocar aqui as palavras da própria autora, ao enviar seu texto para seus familiares e amigos por email. Portanto, segue o email que me foi encaminhado: 

"Família, 
Sei que faz muito tempo que vocês não recebem meus textos. Sei que muitos gostavam de receber e sempre me respondiam. Eu continuo AMANDO escrever minhas coisinhas, mas fazia tempo que algo nao me inspirava. Acredito que isso esteja mudando, por que estou sentindo que preciso fazer isso mais. E esses dias escrevi, porque li um texto maneirissimo que me inspirou, de verdade. Juntou algumas das minhas paixões e resolvi voltar a compartilhar com as pessoas que mais amo e me entendem. O que é uma pena, é que uma dessas minhas paixões e a quem dedico esse texto, não vai me responder dessa vez, mas sei que ele ficara feliz onde quer que seja.
Espero que gostem. 
Mil beijos... Anninha"

Agora vamos ao texto escrito por uma torcedora apaixonada e com saudades... não de uma boa fase do seu time do coração, ou da época em que um jogador vestiu a camisa de seu clube, mas de uma pessoa mais que especial: seu avô. Obrigado por compartilhar com todos esse belíssimo texto, Anna.

Ps.: Sem demorar, gostaria de agradecer ao pessoal do grupo FLACEBOOK, do facebook, e a mãe da autora, Maé Soares, por conseguirem convencer a amiga Anna Carolina de liberar a publicação do seu texto aqui no Mural da Bola. Valeu, galera!

Admin. SRN

Esses dias li um texto sobre o Clássico Fla x Flu que me inspirou!
Não posso dizer que sou flamenguista desde sempre, culpa do meu pai. Eu, infelizmente, nasci botafoguense e meu pai levava eu e meu irmão aos jogos do Botafogo e eu ia... não gostava muito de futebol, era pequena,  não entendia nada e pra ser sincera, também não me esforçava!

Tudo mudou quando minha mãe(flamenguista) nos levou "escondidos" do meu pai a um Fla x Flu no Maracanã. Meu irmão chegou em casa e ja vestiu uma camiseta e um meião do Flamengo que ganhou no aniversario anterior e disse pro meu pai: Sou flamenguista! 

Eu era mais boba, não tive coragem. Mas depois de ver aquela energia das torcidas, os bandeirões se abrindo, a vibração de um Maracanã cheio , não tive duvidas, meu coração era Rubro Negro! Depois que consegui assumir, demorei anos a ir em outro Fla x Flu, mas fiquei cada vez mais apaixonada pelo Flamengo e passei a acompanhar mais futebol! 

Anna e seu avô, João Areosa.
Quando tinha uns 15 anos mais ou menos, conheci meu avô. E foi amor a primeira vista! Ele era jornalista esportivo e tinha uma coluna em um jornal do Rio. Nos falávamos pela internet quase que diariamente, e a cada coluna que escrevia, ele me mandava e perguntava o que eu tinha achado. Eu, como amo ler, adorava! Uma coisa que tinha muito em comum a cada texto dele, era o sarro que tirava com os outros times. Sempre sarcástico mas com um humor saudável e inteligente. Graças a ele, a minha paixão pelo Flamengo só aumentou! E confesso, uma raivinha que sinto pelo Vasco também.

Quando eu mandava alguma coisa do Flamengo demonstrando que estava entendendo mais, ele me respondia todo orgulhoso, achava o máximo! Em 2010, ele faleceu. No sabado seguinte, teve um jogo do Flamengo contra o Inter em que fizeram um minuto de silêncio pela morte dele. Assisti aos prantos esse jogo, mas com um orgulho crescendo cada vez mais no peito. Meu Avô tinha me deixado de herança essa grande paixão, e ele de onde estava sorriu feliz pela vitoria de 3 x 0. E eu, sorri daqui.

Mas, voltando ao clássico Fla x Flu. Ano passado tive a oportunidade de ir ao Engenhão ver o Flamengo ganhar de virada, por 3 x 2, com uma força dos Deuses que iluminaram o Bottinelli, e fui absurdamente feliz. Toda aquela emoção de assistir esse clássico, de esquecer de respirar a cada lance, da boca ficar seca, do olho não desviar da bola, me fez lembrar como eu gosto de ser flamenguista. Esse foi um típico jogaço do Flamengo, que nos faz perde o ar até o último lance e o apito final. 

E agora, mesmo nessa má fase, é com muito orgulho que visto meu Manto Sagrado e canto, vibro e xingo a cada jogo, e assim continuarei! Quem é Flamengo sabe e acredita. E esse é meu agradecimento a minha mãe e ao meu avô por terem feito isso por mim.

"Uma vez Flamengo, sempre Flamengo."
O mais querido: Doce Gigante.


Texto escrito e enviado por Anna Carolina Soares,
Rio de Janeiro.














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20 de agosto de 2012

DIAGNÓSTICO

A menina passou a apresentar um comportamento incomum da noite para o dia. Não, não era problema no colégio ou o primeiro namorado. Era algo a mais. Estava emotiva, além do que permitia o normal para uma pré-adolescente de 11 anos. Escutava música e corriam as lágrimas pelo rosto. Novelas, ela já vinha evitando....A mãe, como toda mãe, observava, mas nada concluía. Apetite, nenhum, sono agitado, palpitação. Era preciso consultar um médico. E lá foi a menina, mãe a escoltá-la, cheia de esperanças de uma solução, de que não fosse nada grave. Fizeram exames: nada. Apenas o coração batia num compasso mais acelerado. O médico pediu à mãe que os deixasse a sós no consultório. A contra gosto, a mãe saiu batendo a porta atrás de si, pensando no que poderia o médico querer conversar com sua filha, que ela não pudesse saber. Quase uma hora depois a porta do consultório se abriu. A menina tinha um semblante mais aliviado, mais motivado, até feliz mesmo. A mãe pensou: o que teria dito o médico a ela pra que uma mudança tão rápida se processasse....O médico tinha em mãos a receita do que a paciente deveria tomar. A mãe, aflita, quis saber o diagnóstico, o que deixava sua filha tão infeliz? E o médico foi categórico: é paixão!!!!! A mãe teve um choque, achava que a filha era nova demais pra sofrer de amor. E o médico explicou que na receita estava a solução para resolver esse emocional da menina. Abriu e leu as instruções:

1. Leve a paciente uma vez por semana , pelo menos, para ver jogos da sua paixão, o Flamengo.
2. Deixe que ela use uma camisa do clube, sempre que quiser.
3. Em caso de vitória deixe-a extravazar toda a sua alegria.
4. Em caso de derrota, não é problema...os sintomas de depressão desaparecem no próximo jogo.
5. Permita que ela viva essa paixão todos os dias, em repressões, sem limites.

Obs: A menina ficou curada, sem sequelas, mas não descuida do tratamento. Até hoje vive intensamente a sua grande paixão!

Foto de torcedores apaixonados como "a menina".



Escrito e enviado por Maria Helena Braun
Jacarepaguá, Rio de Janeiro.

15 de agosto de 2012

O que eu vi do Fla-Flu em pleno Maracanã

Ultimamente não tenho sido um frequentador constante do estádio para acompanhar meu time jogar. Isso ocorre por dois motivos, o alto custo dos ingressos atualmente e o difícil acesso ao estádio do Engenhão.

A chegada ao Maracanã sempre foi mais fácil, o que fazia com que jogos que hoje no Engenhão são considerados de médio público (15.000 presentes), fossem considerados jogos vazios, de pouca renda e público.

Gol do título carioca de 83, marcado por Assim em um Fla-Flu.
Posso dizer que nos tempos de "Maraca" eu era um frequentador assíduo do estádio, comparecendo no mínimo(nivelando bem por baixo) umas 50 vezes ao estádio, e sendo bem franco, era pé quente!
Nessa trajetória de maraca, tinha um jogo especial, um clássico, o jogo que eu fazia de tudo pra ir e principalmente torcer pra sair com um sorriso no rosto, o Fla-Flu.

Eu cresci escutando dos meu tios e do meu pai, milhares de histórias do Fla-Flu, do gol de Wilton de mão em 68 até o gol do carrasco Assis, que deu o bicampeonato carioca ao Fluminense, e olha que meus tios são, na maioria, Flamenguistas. Claro que ouvi também muitas histórias de vitórias do Flamengo, mas isso mostra a força que tem o clássico em sua história.

O Fla-Flu sempre foi mágico. Um jogo que podia ser no meio do campeonato, os dois times sem qualquer chance de título ou vaga na libertadores, sem risco de rebaixamento, mas era só a bola rolar que parecia final de campeonato, afinal, quem quer perder um clássico independente das circunstâncias ?

Posso dizer por alto, que fui à ao menos 10 Fla-Flus em toda minha vida, e seria mentira se eu dissesse que só vi vitória do Fluminense, pelo contrário, vi duas derrotas absolutamente traumatizantes que tiraria qualquer torcedor do estádio por um bom tempo. Vi um Fluminense fazer 3 a 1 no primeiro tempo, com direito a gol perdido de cobertura pelo, na época atacante do Fluminense, Alessandro, ser derrotado por 4 a 3 no segundo tempo com um dia mágico de Felipe(meio campo, atualmente no Vasco) e do lateral Roger, que fez dois gols na vitória épica do Flamengo. Vi também um 5 a 2 sofrido pelo Fluminense novamente de virada, sendo que o jogo chegou a ficar 5 a 1. Se não fosse uma bola mal virada depois de um pênalti perdido por Romário, que resultou no gol de Roni, esse teria sido o placar final. Nesse jogo fiquei completamente traumatizado, não só pela derrota, mas por ter visto o jogo no meio de uma maioria flamenguista na arquibancada especial do Maracanã, e olha que eu só tinha 10 anos de idade.

 

Mas chega de tristeza né? Até porque essas foram minhas únicas derrotas em Fla-Flus, tendo visto o Fluminense sair mais vitorioso do que perdedor. Não estou querendo desmerecer o Flamengo, mas comigo dentro do estádio foi assim, sorte a minha!
Nessa trajetória que eu considero vitoriosa em cima do maior rival do Fluminense, e do jogo que sempre gostei e mais gosto de ir, tiveram dois jogos que me fizeram mais feliz além dos outros. O primeiro foi na final da Taça Rio de 2005, ano que o Fluminense se tornou campeão carioca. Neste jogo eu vi, em pleno Maracanã lotado, o Fluminense aplicar uma goleada de 4 a 1 no Flamengo, com direito a gol de cobertura de Preto Casagrande e título(mesmo que de turno) em cima do Flamengo. No dia anterior, o Papa havia morrido, e a torcida que já cantava João de Deus nos jogos, cantou com mais força ainda. Os mais fanáticos e religiosos chegam a dizer que nesse jogo, o Papa escolheu um lado e deu uma ajudinha ao Tricolor.

Ingresso da final da Taça Rio de 2005 guardado comigo até hoje.
O outro jogo marcante foi uma vitória no final da partida, aos 38 do segundo tempo, com um gol do Edmundo "animal", driblando o goleiro e colocando no fundo das redes. Sem contar que meu pai, flamenguista, teve que voltar dirigindo do maraca depois de um jogo espetacular desses. Só quem estava lá sabe como que foi esse jogo. No momento do gol, não só eu, mas muita gente teve a impressão de impedimento no lance, mas com a ajuda do tira-teima, foi possível ver o zagueiro Henrique dar condição a Edmundo para marcar e definir o clássico.



No Maracanã vivi as maiores tristezas e alegrias com meu time, e nessa história, nesse estádio, os Fla-Flus, como um todo, foram as partidas mais emocionantes da minha vida. Eu conto essa histórias sem recurso algum de internet, sendo possível ter algum erro de memória. Mas a memória do torcedor vale muito, mas muito mais mesmo, que uma pesquisa na internet.

Finalizo esse breve testemunho, convidando você leitor, a descrever sua experiência em um jogo específico ou em clássico que você sempre acompanhou como eu. Duvido que quem acompanha seu time constantemente no estádio, não tenha uma história para contar. Vi muitos Fluminense x Botafogo e Fluminense x Vasco, mas clássico como o Fla-Flu, para mim nunca teve igual.



 Escrito por Admin João Augusto









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13 de agosto de 2012

Neymar Jr.: Um Jogador ou Garoto Propaganda?



Nos últimos dias tenho ficado ligeiramente incomodado ao assistir canais abertos durante os comercias por conta de duas pessoas: Neymar Jr. e Ronaldo.

Primeiramente gostaria de dizer a todos que não sou um entendedor de Marketing, em geral, muito menos de Marketing Esportivo. Portanto, peço que relevem qualquer ignorância e, caso eu diga alguma besteira, me corrijam.

Neymar e Brucilí em propaganda da Heliar.
Tirando a propaganda da Heliar, que achei muito criativa, onde o zagueirão Brucilí "cola" no Neymar, as outras que tenho visto são completamente sem conteúdo e beiram o ridículo!

O Ronaldo, vá lá... ainda tem minha licença pra "emprestar" sua imagem para propagandas fracas como aquela do Benegripe, já que é um jogador aposentado (foi tarde, por sinal) e não tem mais a sua maior fonte de renda, o futebol(que, diga-se de passagem, não paga salários mínimos para atletas com o talento do fenômeno e Neymar).

Vale lembrar que agora, Ronaldo esta no ramo do Marketing Esportivo com sua empresa 9nine. É... um ex jogador de futebol agora se diz "marqueteiro".

 

Uma pessoa demora, em média, 4 anos para se formar em marketing, publicidade e propaganda, ou como preferir. Isso, sem ao menos uma pós graduação. Mas o Ronaldo precisa disso? Claro que não! Gênio da bola, FENÔMENO, e... tem seus contatos, não é mesmo? Ronaldo tem é isso: Contatos. Não vou me estender falando sobre nosso querido Ronaldo, que já proporcionou muitas alegrias para os torcedores brasileiros, sendo campeão da Copa do Mundo de 2002, além de conquistar a Copa do Brasil jogando pelo Cruzeiro, em 1993 e Corinthians, no ano de 2009.

Meu foco é no badalado Neymar Jr.

Sinceramente não entendendo como um jogador de 20 anos que, além da Libertadores de 2011 e a Copa do Brasil de 2010, só ganhou prêmios individuais, pode ter seu salário dobrado através de publicidade pessoal. São 11 patrocinadores pessoais. Na minha humilde e, provavelmente, ignorante opinião, a imagem desse jovem já está desgastada nacionalmente. Eu, particularmente, não aguento mais ver a cara e ouvir a voz dessa criança na televisão.

Quero deixar claro que o FUTEBOL dele é lindo, eu adimiro, e é o ponto que eu queria chegar.

Neymar Jr. recebe por mês jogando pelo Santos, um saláro de, aproximadamente, 2 milhões de reais. Acho um salário justíssimo pelo futebol que ele joga, sendo peça chave no elenco santista, agora: Pra que dobrar esse salário vendendo sua imagem para propagandas tão medíocres frente o seu futebol? Isso que não entendo.

Cristiano Ronaldo e seu Clear.
Meu único receio a expor esse pensamento é: não tenho conhecimento de como os craques do futebol são tratados lá fora pela mídia. Nunca vi uma propaganda com jogadores de renome internacional que não seja ligada ao esporte; vinculados à Nike, por exemplo. Cito, neste caso, Messi, Xavi, Iniesta, Rooney, entre outros. Gostaria de saber se, lá fora, eles fazem essas propagandas fracas também.

Agora aposto que você está pensando: "Ah, mas o Cristiano Ronaldo fez aquela propaganda "iradíssima" de shampoo anticaspa!" Por favor.. é exatamente disso que estou falando! Lamentável... ridículo... triste!

Deixo aqui, para os amigos e amigas, minha indignação. Peço que, POR FAVOR, iluminem minha mente se eu estiver errado. Quero muito entender o porquê dessa super exposição de um jovem atleta que, aparentemente, ainda tem um futuro muito promissor.

Não quero ver o Neymar dirigindo carro dentro de um Maracanã(aaaaaaaaah... que saudade!) destruído, emprestando seu celular pra uma maquiadora falar com o namorado, bebendo guaraná na Europa e, muito menos, posando de cuequinha Lupo. Só me agrada ver o Neymar fazendo uma coisa: JOGANDO FUTEBOL!



Escrito por Admin. SRN



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12 de agosto de 2012

Hernán Barcos, El Pirata!


Nesta última quarta-feira, Hernán Barcos marcou seu 19º com a camisa do Palmeiras, faltando 8 gols para atingir a meta estipulada por ele mesmo assim que chegou ao clube, que é de marcar 27 gols ao longo da temporada.

Eu particularmente nunca tinha visto Barcos jogar antes de ele vir para o Palmeiras, a não ser um replay de dois lances fantásticos (sendo um golaço) que o mesmo fez quando jogava na LDU em 2011 (vídeo abaixo).


Esse começo espetacular de Barcos no Palmeiras me deixou com uma curiosidade imensa de saber por onde ele passou, se jogou bem, quantos gols fez, por quanto tempo ficou no time e tudo mais. Resolvi então fazer uma pesquisa rápida da carreira do jogador e vou compartilhar com vocês o resultado.

Hernán Barcos, destro, 28 anos, Argentino de Córdoba, começou sua carreira no Racing. Jogou também pelo Guarani do Paraguai, Olmedo do Equador, Estrela Vermelha da Sérvia, Huracán, Shanghaï Shenhua e Shenzhen Football Club, ambos da China e LDU de Quito antes de chegar ao Palmeiras em Janeiro de 2012.

No começo da carreira, Barcos não teve muitas oportunidades e oscilou temporadas regulares e irregulares. Foi no Shenzhen, clube que atuou em 2009, que Barcos teve sua primeira boa temporada, marcando 14 gols em 14 jogos, o que lhe garantiu o prêmio Chuteira de Ouro, dado pela Associação Chinesa de Futebol.

Em 2010, Barcos se transferiu para LDU, onde se tornou peça chave para a equipe de Quito. Na LDU além de marcar 53 gols em 92 jogos, Barcos conquistou títulos importantes como o campeonato nacional em 2010, sendo vice-artilheiro com 22 gols, a Recopa em 2011, vencida diante do Estudiantes.Barcos marcou dois gols no primeiro jogo vencido por 2x1.

Com esse retrospecto na LDU, Barcos chamou a atenção de dirigentes do Palmeiras, que comprou 70% do seus direitos econômicos junto a LDU pelo valor de R$ 6,24 milhões, assinando um contrato de 3 anos com o jogador.

"Sempre escutei que o Palmeiras é clube grande. O Palmeiras é muito conhecido fora do país, é uma instituição de nível internacional e por isso não pensei duas vezes em vir jogar aqui."

"Fiz 27 gols pela LDU em 2011 e quero superar. Vou fazer de tudo para fazer muito mais que 27 gols, mas, antes disso, quero honrar a camisa e me esforçar bastante para agradecer o apoio do clube e o carinho da torcida."

Essas foram palavras de Barcos na sua chegada ao Palmeiras. O jogador tem mostrado que tem potencial, mas ainda é muito cedo pra dizer o nível do atacante. Pode não passar de uma boa fase, ou realmente Barcos é um grande jogador que demorou para deslanchar no futebol.

O que nos resta é acompanhar e apreciar seus gols, que muitas vezes são golaços ! Boa sorte no futebol brasileiro, Hernán Barcos.




Tesxto escrito por Admin. João Augusto


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10 de agosto de 2012

Manyas, O Filme




Manyas, O Filme, dirigido pelo cineasta Andrés Benvenuto, é um documentário que conta a história da torcida do Penarol, chamados de Manyas. O Filme relata histórias e características dessa torcida fanática do Penarol. Sei que foge do futebol brasileiro, mas vale muito a pena assistir ao documentário, que apesar de não ter legenda, é de fácil compreensão. Espero que todos gostem!


Escrito por Admin. João Augusto ST


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9 de agosto de 2012

“Quem não tem colírio usa óculos escuros...”


Tabuleiro usado no Futebol de Mesa.
Esse verso cantado pelo saudoso Raul Seixas me remete ao final dos anos 60, início dos anos 70 (embora a canção pertença a tempos adiante).  Eu explico:

Primeiramente, o que isso tem a ver com a bola?

Fazendo uma comparação com os jogos “FIFA SOCCER” dos anos 90 (em que versão estarão agora?) – que para mim era algo avançadíssimo, quando meu filho nascido naquela década, insistia para que eu ao menos tentasse uma partidinha e jamais conseguia tal façanha. Confesso não ter acompanhado a evolução tecnológica, pois ainda estava preso ao romantismo do futebol de botão. Isso mesmo! Futebol de botão (também conhecido pelo pomposo nome de “Futebol de Mesa”). Já ouviram falar? Algo do século passado! Daí, recordando o verso do Raul, lembrei-me que, não havendo sequer videogame, tele-jogo Philco, Alex Kid, ou afins, o nosso “fifa soccer” era jogar o futebol de botão.

 
Peças ou jogadores do Futebol de Botão.
Lembro-me que meu irmão três anos mais velho e eu, assessorados  pelo nosso então pretenso cunhado (cunhado puxa-saco servia pra isso – aturar os irmãozinhos da namorada) organizávamos campeonatos, com tabela dos jogos, pontos corridos, artilharia, expulsões, punições, finais grandiosas, sem planilhas eletrônicas, era na mão mesmo em folhas de papel almaço com  pauta (hã?) com quase 50 times. Eram 50 mesmo! Tínhamos mais de 500 peças para formar as equipes. Cada peça era identificada com o nome dos atletas que formavam os times de então. Imaginem a dificuldade para preparar essas escalações de clubes do Brasil inteiro sem Google. Puxávamos pela memória do cunhadão puxa-saco e pesquisávamos no Jornal dos Sports, recortando os nomes e colando nas peças, que podiam ser de botão, é claro (daí o nome do jogo) que arrancávamos dos casacos de nossa mãe e nossas irmãs, galalite (nem sei explicar o que é isso: procurem aí no Google) vidrilha de relógio e, o mais interessante, peças feitas de plástico derretido, que geralmente serviam como enormes zagueiros. A confecção dessas peças, para desespero de nossa mãe, era feita a partir de matéria plástica que quebrávamos em pedacinhos e derretíamos em formas de empadinhas, que jamais prestariam para outro fim. Depois de resfriadas, lixávamos as peças no piso de cimento áspero do quintal de casa e, tchanan!!! Nasciam os renês, britos, moiséses (?), abelões, etc, aqueles xerifões dos anos 60/70.

Ah, esqueci de mencionar: as bolas do jogo eram feitas de milho, ou miolo de pão, ou pequenos botões.
 
Imagem do jogo FIFA Soccer 95.

É isso aí: quem não tem colírio, quero dizer, quem não tem Fifa Soccer, joga botão.
Um abraço a todos e saudações rubronegras!
 


 Texto escrito e emviado por Francisco Portugal, Rio de Janeiro.




Faltando apenas três dias para o Dia dos Pais sou surpreendido com um texto do meu velho, lembrando seus tempos de criança, quando jogava seu bom e velho Futebol de Botão. Valeu, coroa! 

Admin. SRN



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8 de agosto de 2012

Papo Calcinha



Num país onde o machismo ainda é um estigma, quem diria que no começo desse nosso projeto, o Mural da Bola, as pessoas que mais nos apoiariam seriam as mulheres? Ninguém!

Fico muito feliz e lisonjeado de termos recebido três textos sensacionais de três torcedoras fanáticas que, além de ótimas escritoras, ENTENDEM DE FUTEBOL.

O primeiro, escrito pela tricolor Marcela Marques, narra sua tragetória difícil, nem sempre gloriosa, mas sempre mostrando um amor incondicional pelo Fluminense. Uma torcedora de verdade, frequentadora das arquibancadas e das Laranjeiras. Auxiliada pela sua beleza inegável, é dona da postagem com o maior número de views do nosso blog. O segundo, de Patricia Zito, torcedora fiel do Timão. Com um humor sutil, nos mostrou quais os sentimentos e a magia por trás das expressões "Vai Corinthians!" e "Aqui é Corinthians!". Uma leitura agradável e bem humorada. Muito bom mesmo!

Trato do terceiro texto com muita reverência, pois foi escrito por uma amiga de infância. Hoje em dia formada em jornalismo, Bárbara Borges nos abrilhantou com um texto muito bem redigido e, na minha opinião, o melhor colhido por nós até agora. Como sempre, cutucou seus rivais e nos mostrou o quanto sente orgulho e paixão pelo Glorioso. Ok, ok... Ela distorceu um pouco os fatos, mas convenhamos: torcedor que é torcedor sempre puxa a sardinha pro seu lado, né?! (risos)

Além dessas mulheres que nos ajudaram expondo suas idéias no Mural da Bola, não posso deixar de agradecer quem tem nos ajudado no bastidores, que são tão importantes quanto as primeiras.

Começo agradecendo uma amiga que está distante mas dando todo apoio e divulgando muito o blog: Anna Carolina. Obrigado pela ajuda. Mande um beijo pra sua mãe que também está sendo muito gentil com a gente!

Em segundo lugar gostaria de agradecer à amiga e cunhada, Erica Ferreira, que esta nos ajudando muito na divulgação. Ela, sozinha, já conseguiu algo em torno de 30 "opções curtir" para nossa fanpage no facebook. Muito obrigado mesmo, Erica. Você é demais!

Em terceiro e último lugar, porém não menos importante, agradeço à minha eterna amiga, hoje namorada, Ana Luiza, que está me dando muita força e incentivando esse trabalho, sempre elogiando algo que escrevo e acompanhando os textos enviados.


Continuem conosco, meninas!




Texto escrito por Admin. SRN

A volta dos Medalhões; vale a pena ou não?

Não é de hoje que a contratação de medalhões de renome agitam as janelas de transferência do futebol brasileiro. Muitos jogadores consagrados lá fora, sejam brasileiros ou de outra nacionalidade, vêm para o país tentar a sorte de encerrar a carreira em um lugar onde seja muito desejado pela torcida, dirigentes e patrocinadores(que na maioria dos casos, pagam seus salários).

Pois bem, se eu for falar de todos os medalhões que vieram, jogaram, independente se bem ou mal, ou se fizeram valer a pena o investimento, vou me cansar e essa lista não terá fim. Por isso, farei duas análises rápidas sobre o tema. Uma vai completar a outra e vice-versa, dando sentido ao tema tratado e exemplificando tudo o que eu quero dizer.

A primeira análise vai tratar dos medalhões que já deram ou não deram certo nessa volta ao futebol brasileiro. Já a segunda dedica-se aos jogadores que ainda podem ou não dar certo no futebol, tendo sido contratados recentemente. Como sou tricolor, escolhi falar do Deco como o jogador medalhão que está dando certo nessa volta ao futebol brasileiro e escolhi como o que não deu certo o Rivaldo, que recentemente veio jogar no São Paulo, e viu sua volta não ser como a esperada de todos.

Deco e Rivaldo atuando por Fluminense e São Paulo.

Falemos do primeiro: Deco. Chegou ao fluminense em meados de 2010, uma contratação que apesar de ser de grande porte, não teve uma festa a altura nas Laranjeiras. Vindo de uma temporada irregular no Chelsea, Deco viveu uma série de lesões que não o deixaram mostrar que valia o investimento feito pelo Chelsea para tirá-lo do Barcelona, clube no qual fez história ao lado de Ronaldinho Gaúcho e com Messi, ainda que coadjuvante. Chegando às Laranjeiras, Deco começou apresentando um bom futebol e mostrou que jamais esqueceu como jogava bola e que ainda tinha muito para mostrar ao futebol. Porém uma série de lesões novamente atrapalharam os planos de Deco, que viu o time ser Campeão Brasileiro, sem muito precisar dele, o que ainda não o tornava peça fundamental ao time. No ano de 2011 as lesões ainda não tinham ido embora, mas Deco mostrava sinais de melhora e tinha um comportamento exemplar e profissional, chegando até a dizer que só iria receber seu salário quando jogasse, respondendo às críticas de que ele era chinelinho e só recebia sem jogar. Veio o Campeonato Brasileiro e Deco começou a mostrar pro que veio, dando assistências geniais e com alguns gols importantes, que levaram o fluminense à Libertadores do ano seguinte com uma terceira posição no Campeonato Brasileiro. O ano de 2012 não podia nem devia ser diferente do ano de 2011. Deco continuou sendo muito importante para a equipe, com suas assistências e liderança dentro de campo, que levaram o Fluminense até as quartas-de-finais da Libertadores e ao título do Campeonato Carioca de 2012. Hoje, ele é peça fundamental para equipe ao lado de Fred, e quando não joga, a equipe claramente mostra que sente falta do seu maestro, mostrando que o investimento, apesar de demorado, rendeu frutos e hoje pode ser considerado um candidato a ídolo do clube.

Agora vem o outro lado da moeda: Rivaldo. Jogador campeão de Copa do Mundo, já eleito melhor jogador do mundo, craque e ídolo por onde passou. Depois de ter uma carreira excepcional na Europa, Rivaldo em um primeiro momento tentou voltar ao futebol brasileiro jogando pelo Cruzeiro, em 2004, mas já não demonstrou seu melhor futebol e voltou para Europa, mais precisamente na Grécia. Lá fez algumas temporadas boas, outras ruins, mas sempre jogando, afinal, o futebol da Grécia não é lá essas coisas. Foi depois da Grécia que Rivaldo começou a dar sinais de final de carreira. Se transferindo para um time do Uzbequistão, o Bunyodkor. Rivaldo ficou um pouco distante do cenário do futebol e por lá ficou por duas temporadas. O São Paulo necessitando de um camisa 10 foi atrás de Rivaldo para repatriá-lo. Com algumas partidas boas, a maioria ruins, e algumas lesões, Rivaldo foi embora do São Paulo sem deixar muita saudade, deixando com certeza pro São Paulo, o sentimento de dinheiro jogado fora. Hoje, Rivaldo joga no futebol da Angola, e com 40 anos, provavelmente deve encerrar sua carreira nesse final de ano.

Com isso fecho minha primeira análise e parto para a segunda: Será que Seedorf e Forlán (hoje no Botafogo e Internacional, respectivamente) darão conta do recado? Será que farão jus aos nomes que carregam? Escolhi eles dois porque são os medalhões mais recentes trazidos ao futebol brasileiro que tenham um nome forte. Seedorf foi recebido como ídolo pela torcida do Botafogo no aeroporto, assim como ocorreu com Forlán. Os dois indiscutivelmente tem futebol para fazer valer a pena o investimento de Botafogo e Internacional, mas será que o físico vai deixar? Forlán não veio de uma boa temporada na Inter de Milão, já Seedorf, que veio do rival Milan, vinha fazendo bons jogos com a camisa do rossonero, tornando mais confiável o investimento feito pelo Botafogo. Talvez para o Internacional, a Copa do Mundo de 2010 tenha sido um parâmetro para trazer Forlán, que logo após a copa foi jogar na Inter de Milão. Finalizando deixo minha interrogação. Será que tais medalhões vão dar certo? Será que vão dar retornos financeiros? Será que vão virar ídolos de suas torcidas? Eu não teria tanta certeza disso...


Seedorf e Forlán em suas respectivas apresentações. 

                                                                                                                                                                                              


                                                                                                                                                            Escrito por Admin. João Augusto ST


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7 de agosto de 2012

É orgulho, é paixão...


Tive o prazer de ser convidada para participar desta genial iniciativa, o Mural da Bola, com algum texto, mas confesso que só me inspirei em colocar em prática quando me deparei com o depoimento da tricolor. Afinal, rivalidade é o que impulsiona o futebol, não? (risos)

O principal é que notei algo em comum entre nós. Não, eu não estou nem perto de ser tão bonita ou musa de algum time. A verdade é que também nasci em uma família de tricofl... tricolores, mas tive uma sorte diferente. Tenho um pai que viu alguns dos maiores gênios da bola em campo, tem bom gosto, entende de futebol e mudou essa história. O meu pai é bo-ta-fo-guen-se, e eu, graças aos deuses, também sou.


Não sei dizer quando me vi botafoguense, nos registros das minhas lembranças, eu nasci com essa paixão – mas confesso que, também em 95, ver o meu pai emocionado sendo campeão brasileiro, pode ser um marco.

A maioria dos times brasileiros reúne torcedores em busca de títulos, são times que têm um apelo popular. Ser apaixonado pelo botafogo (é, não somos simples torcedores) está completamente distante disso. 

Citando e parafraseando nosso ilustre Artur da Távola, botafoguense é ser “estrela, solitária ou solidária, é tomar partido, ousar e desbravar”. Seria uma “mistura de nobreza sem aristocracia, com popularidade sem demagogia”.  Como eu sempre digo: é colorir em preto e branco. E o mais importante: “é insistir e crer onde os fracos desistem”. Afinal, é fácil amar nas alegrias...

Deixando um pouco o lado sentimental, vamos ao histórico. Para os desinformados, desinteressados, engraçadinhos, ou simplesmente flamenguistas chatos como o Fabrício, seguem alguns dados: o meu fogão já foi campeão e vencedor de torneios internacionais, sim; já foi campeão invicto e invicto direto de estadual e campeão de nacional. Não inventem, baseiem-se em fatos.

E mais, se o Brasil é declarado o único pentacampeão mundial, devemos todos dizer uníssono: “Obrigado, Fogão!” Aos desavisados, o Botafogo de Futebol e Regatas foi o clube brasileiro que mais cedeu jogadores para a seleção. Os times que conquistaram o tricampeonato mundial, por exemplo, tinham como base o meu time, o Botafogo.  Querendo vocês ou não, meu time é seleção!

Torcida do Botafogo em jogo no Engenhão.
Nos estádios – sim, nós temos o (s) nosso (s) –, somos “loucos” pelo Botafogo (Torcida Loucos pelo Botafogo), furiosos (Torcida Fúria Jovem), amantes da estrela solitária (Torcida Estrela Solitária), bebedores em busca de diversão (Torcida Botachopp) e mais. Nos cinemas, somos Garrincha, somos Heleno e mais. Na música, somos Beth Carvalho, no humor, Marcelo Adnet, Helio de la Peña. Na vida real, somos Bárbara, Luiz, Anna Clara, Aruan, Mariane, Matheus... Na política, na poesia, no teatro...  Nós somos.


Há quem sinta falta de que eu cite Seedorf, Loco Abreu, Wagner, Túlio Maravilha, Dodô... Saibam que o Botafogo é uma instituição, perdoem-me o exagero, mas quase uma entidade, não apenas craques, nomes e dribles – isso também, mas deixo para uma próxima.

E eu podia passar linhas e linhas descrevendo o ser que é um botafoguense. Nossa história, as felicidades e tristezas que passei nesses 22 anos de “botafoguismo”, nossos representantes, mas em quem não “bate uma estrela no lugar do coração”, não é capaz de entender – e eu nem tenho pretensões de mudar isso.

Basta apenas que saibam que “ninguém cala esse nosso amor...”
 
Um beijo e um sincero pedido de desculpa à rival tricolor e ao amigo flamenguista pelas brincadeiras.




 Texto escrito e enviado por Bárbara Borges, Volta Redonda/RJ.
 















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6 de agosto de 2012

Aqui é Corinthians!

Sempre me perguntam o porquê do “Vai Corinthians”  e "Aqui é Corinthians". Curiosos, tentam entender porque inevitavelmente exclamamos essas palavras. Qual seria o significado destas exaltações?

A mágica de ser corinthiano não se revela somente no ato de torcer pelo Timão dentro das quatro linhas. O jogo do Corinthians é uma forma de interpretação da realidade. A maneira como celebramos as vitórias ou lamentamos as derrotas é uma representação da vida da nossa gente. O sofrimento, a superação, a desilusão, o engano, a paixão, a época de vacas gordas, ou as vezes de vacas magras...

A plena compreensão de que nada vem fácil na vida da gente. Nada do que acontece dentro de campo pode fazer sentido sem que haja uma correspondência com a vida social cotidiana. 

Mas tal qual aquele ditado em que “a vida imita a arte”, podemos dizer que além do Corinthians jogar o jogo como a gente joga a vida, o contrário também é verdadeiro, ou seja, experimentamos nossa vida reproduzindo a cada momento uma espécie de ética corinthiana.

Uma ideologia que aspiramos nas partidas de futebol, de alguma forma passa a orientar o nosso comportamento. Exemplos:  Quando alguém te oferece uma cerveja, mas revela timidamente que vai te servir naquele famoso copo do requeijão, você responde: “Por favor, aqui é Corinthians!”.

Você é chamado para uma entrevista de emprego. Um trabalho que você esperava há tempos. Ao entrar na reunião você murmura quase em silêncio:  “Vai Corinthians!”.

Ao ajudar um amigo com a mudança. Se o camarada demonstra gratidão e oferece um abraço, é muito comum chegar no cara e dizer: “ô mano, é nois. Cê ta ligado que Aqui é Corinthians!”.

Preserva e admira as coisas mais simples da vida? Aqui é Corinthians. 
Identificou-se com este texto? Aqui é Corinthians!

Moral da História: “Vai Corinthians” e “Aqui é Corinthians” são  elogios a simplicidade. Demonstram uma satisfação com a própria identidade. Uma afirmação da nossa origem.

O Corinthians é a maior expressão de quem somos. Ele joga no campo reproduzindo nossa realidade. Alguns acham que temos sorte, fazemos gols no final do jogo, vencemos pelo cansaço. Outros que jogamos com raça. Tudo bem. Isso não deixa de ser verdade. Mas o que conta no final das contas é o seguinte: O Corinthians tem presença de espírito. Nós somos o Corinthians. E o Corinthians também está dentro de nós.

Aqui é Corinthians.





Escrito e enviado por Patricia Zito;
Paulistana, moradora do Rio de Janeiro há 10 anos. 


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