Obrigado, Alvaro. E seja bem vindo ao Mural, e vamos ao texto!
Admin. SRN
"Turno e Returno"
É um segundo campeonato, o que chamamos
de returno. Passou o primeiro turno e chegamos em segundo lugar. Por força da
relação, chegaremos em primeiro lugar no segundo. Amigos me falam que sou
métrico demais, que o mundo não é uma estética grega. E eu respondo: que se
dane o mundo e suas teses. O FLUMINENSE é a antítese. A tese do mundo não
corresponde à tese tricolor, pois temos a tese do Universo Celestial Grego, que
difere da tese humana dos mortais.
Toda tese tem sua antítese e o
FLUMINENSE encarna a segunda, pois normalmente as teses são conceituadas em
fatos, em conceitos lógicos que os que me conhecem sabem como penso: se os
fatos não quiserem seguir a lógica do Olimpo, que é a lógica que influencia e protege
o FLUMINENSE, “pior para os fatos” (sigo a risca a máxima DO MAIS TRICOLOR DE
TODOS: o centenário e sempre vivo Mestre Nelson Rodrigues). Só que dessa vez,
meus amigos, até os fatos se rendem: somos os mais capazes para ganhar o
campeonato. Fato esse que se contempla em cada jogo, em cada vitória e até em
cada inoportuna derrota, posto que esta nos ensina que a soberba não veste
nosso uniforme. Quando perdemos, ensinamos aos outros clubes que até os maiores
tem percalços, mas só o melhor os superam.
Vimos no jogo contra o mosqueteiro
paulista que desembainhar um florete não é para qualquer um. O Corinthians se
portou como um acuado esgrimista, fugindo ao combate, esperando um golpe de
sorte – que veio! – para acertar o oponente, que era o Guerreiro Tricolor. Mas
sabem os lutadores que não se fere um adversário forte: ou esquiva-se
totalmente da luta, como vinha fazendo, ou arrisca-se um golpe mortal. Mas
jamais, jamais se fere um Guerreiro.
O gol de Sheik Emerson foi uma ferida,
apenas. E mordeu a fibra tricolor.
Não ganhamos o jogo por conta de um
breve detalhe, mas mostrou-se no estádio que o FLUMINENSE tem não um time, mas
uma Tropa de Guerreiros que não sucumbirá a ninguém na trilha para a conquista
do campeonato.
Jogamos bem. Buscamos a vitória todo o
tempo e é isso que espera do seu time o torcedor. Ela, a vitória, vem de várias
formas, mas melhor é a vitória que soma maior número de pontos, sem dúvida. E
tivemos uma prova no jogo de sábado contra o Figueirense. Tivemos uma vitória
(acabar não perdendo por um erro estratégico).
Jogamos melhor mais uma vez. Mas desta
vez nós nos penalizamos. Desde o início buscamos o gol; mandávamos no jogo.
Cercamos o adversário usando força reserva, confirmando que só nós temos
verdadeira Tropa a nos servir. Fizemos os gols que precisávamos e aí, sem regra
nem explicação, recuamos a Tropa deixando o campo conquistado à mercê do mesmo.
Alguns estão reclamando que Comandante Abel trocou errado, tirando nosso ‘pibe’
esperança Wellington Nem e colocando Diguinho, reduzindo a força ofensiva da
Tropa. Mas eu o inocento. Fez com a melhor das intenções, debruçado no que
restava ao adversário fazer: partir para o ataque. Pensou em guarnecer flancos,
mas perdemos o que mantinha medo ao adversário. Este cresceu e teve a sorte a
ajudar: dois gols, o empate e a penalização!
Nos dois primeiros jogos do returno,
empatamos. Pontos preciosos que podem fazer falta, pois a vitória esteve nas
mãos.
Não perco a confiança nos Guerreiros
Tricolores mesmo com desfalques que durarão algumas boas rodadas, pois como
afirmo, temos uma Tropa e não apenas um time.
Preparava-me para assistir ao jogo de
interesse da rodada (Corinthians X Atlético-MG) quando meu amigo Jesus me
ligou:
“Meu caro amigo Mario Figueiredo Jesus.
Como vai?” perguntei.
“Preocupado, Palhaninho. Estamos
deixando muitos pontos serem perdidos e isso não é bom, não é bom.”
“O returno apenas começa, meu caro
Jesus. Não façamos como os mortais, que se afobam em conclusões precipitadas.”
Ao fechar dessa resenha a grande
notícia: o mosqueteiro paulista cortou as asas do galo mineiro. Ligo para Jesus
e digo:
“Viu, meu amigo? Quem começa o returno
não perdendo é o verdadeiro vencedor!”
Texto escrito por Alvaro Palhano, Rio de Janeiro.
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