21 de agosto de 2012

Um avô Doce Gigante; João Areosa


Antes do próximo texto, achei relevante colocar aqui as palavras da própria autora, ao enviar seu texto para seus familiares e amigos por email. Portanto, segue o email que me foi encaminhado: 

"Família, 
Sei que faz muito tempo que vocês não recebem meus textos. Sei que muitos gostavam de receber e sempre me respondiam. Eu continuo AMANDO escrever minhas coisinhas, mas fazia tempo que algo nao me inspirava. Acredito que isso esteja mudando, por que estou sentindo que preciso fazer isso mais. E esses dias escrevi, porque li um texto maneirissimo que me inspirou, de verdade. Juntou algumas das minhas paixões e resolvi voltar a compartilhar com as pessoas que mais amo e me entendem. O que é uma pena, é que uma dessas minhas paixões e a quem dedico esse texto, não vai me responder dessa vez, mas sei que ele ficara feliz onde quer que seja.
Espero que gostem. 
Mil beijos... Anninha"

Agora vamos ao texto escrito por uma torcedora apaixonada e com saudades... não de uma boa fase do seu time do coração, ou da época em que um jogador vestiu a camisa de seu clube, mas de uma pessoa mais que especial: seu avô. Obrigado por compartilhar com todos esse belíssimo texto, Anna.

Ps.: Sem demorar, gostaria de agradecer ao pessoal do grupo FLACEBOOK, do facebook, e a mãe da autora, Maé Soares, por conseguirem convencer a amiga Anna Carolina de liberar a publicação do seu texto aqui no Mural da Bola. Valeu, galera!

Admin. SRN

Esses dias li um texto sobre o Clássico Fla x Flu que me inspirou!
Não posso dizer que sou flamenguista desde sempre, culpa do meu pai. Eu, infelizmente, nasci botafoguense e meu pai levava eu e meu irmão aos jogos do Botafogo e eu ia... não gostava muito de futebol, era pequena,  não entendia nada e pra ser sincera, também não me esforçava!

Tudo mudou quando minha mãe(flamenguista) nos levou "escondidos" do meu pai a um Fla x Flu no Maracanã. Meu irmão chegou em casa e ja vestiu uma camiseta e um meião do Flamengo que ganhou no aniversario anterior e disse pro meu pai: Sou flamenguista! 

Eu era mais boba, não tive coragem. Mas depois de ver aquela energia das torcidas, os bandeirões se abrindo, a vibração de um Maracanã cheio , não tive duvidas, meu coração era Rubro Negro! Depois que consegui assumir, demorei anos a ir em outro Fla x Flu, mas fiquei cada vez mais apaixonada pelo Flamengo e passei a acompanhar mais futebol! 

Anna e seu avô, João Areosa.
Quando tinha uns 15 anos mais ou menos, conheci meu avô. E foi amor a primeira vista! Ele era jornalista esportivo e tinha uma coluna em um jornal do Rio. Nos falávamos pela internet quase que diariamente, e a cada coluna que escrevia, ele me mandava e perguntava o que eu tinha achado. Eu, como amo ler, adorava! Uma coisa que tinha muito em comum a cada texto dele, era o sarro que tirava com os outros times. Sempre sarcástico mas com um humor saudável e inteligente. Graças a ele, a minha paixão pelo Flamengo só aumentou! E confesso, uma raivinha que sinto pelo Vasco também.

Quando eu mandava alguma coisa do Flamengo demonstrando que estava entendendo mais, ele me respondia todo orgulhoso, achava o máximo! Em 2010, ele faleceu. No sabado seguinte, teve um jogo do Flamengo contra o Inter em que fizeram um minuto de silêncio pela morte dele. Assisti aos prantos esse jogo, mas com um orgulho crescendo cada vez mais no peito. Meu Avô tinha me deixado de herança essa grande paixão, e ele de onde estava sorriu feliz pela vitoria de 3 x 0. E eu, sorri daqui.

Mas, voltando ao clássico Fla x Flu. Ano passado tive a oportunidade de ir ao Engenhão ver o Flamengo ganhar de virada, por 3 x 2, com uma força dos Deuses que iluminaram o Bottinelli, e fui absurdamente feliz. Toda aquela emoção de assistir esse clássico, de esquecer de respirar a cada lance, da boca ficar seca, do olho não desviar da bola, me fez lembrar como eu gosto de ser flamenguista. Esse foi um típico jogaço do Flamengo, que nos faz perde o ar até o último lance e o apito final. 

E agora, mesmo nessa má fase, é com muito orgulho que visto meu Manto Sagrado e canto, vibro e xingo a cada jogo, e assim continuarei! Quem é Flamengo sabe e acredita. E esse é meu agradecimento a minha mãe e ao meu avô por terem feito isso por mim.

"Uma vez Flamengo, sempre Flamengo."
O mais querido: Doce Gigante.


Texto escrito e enviado por Anna Carolina Soares,
Rio de Janeiro.














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6 comentários:

  1. Muito lindo e emocionante !!! Essa é a minha garotinha Flamenguista !!! Bravo Anna !

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  2. Belo texto Aninha, só não sabia que o Pedro já tinha sido botafoguense na vida... hahahahaha. Emocionante suas palavras, assim como é emocionante ser Flamengo.

    Beijos no seu coração.

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  3. Belo texto, prima. Flamenguista já nasce feito!
    Arnaldo.

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  4. Sobrinha amanda! que lindeza de texto. Já tô chorando aqui. Te amo

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